23 anos, 276 meses, 1199,286 semanas, 8395 dias, 201480 horas…
O tempo sempre me fascinou, as datas sempre tiveram significados e as memórias e lembranças tem um espaço só delas na minha vida. Parece ontem, mas foi durante minha pré adolescência que conheci uma música que diz “se um dia alguém falou que o que foi não volta mais, a vida continua e a escolha é sua… sou feliz de olhar pra trás”.
Talvez esses versos representem bem o que sinto nesse momento, felicidade de olhar pra trás e ver tudo o que passou nos 23 anos de Bia nesse mundo.
Tive altos e baixos, alegrias (muitas), medos (pra caramba), emoções (e bota emoção nisso), gargalhadas daquelas de doer a barriga, aventuras e pérolas (arrisco dizer que eu era o próprio meme quando criança), muito muito amor, carinho, afeto. Sonhei muito, escrevi, dancei, acreditei em coisas que seriam impossíveis, me envolvi em projetos gratificantes e em outros que foram aprendizado. Descobri que as pessoas passam por nossas vidas e que em algumas vezes ficam menos do que a gente gostaria. Descobri que distância é relativa, e que o tempo… ele ensina, mostra e esclarece muita coisa.
Arrisquei, planejei, conquistei, abracei, chorei, estudei um tanto e trabalhei muito. Encontrei e reencontrei pessoas que foram fundamentais nessa jornada, e aprendi a me afastar daquilo que não me faz bem. Conheci partes de mim que eram adormecidas, qualidades que não percebia e aprendi a enxergar meus erros de frente.
Foi nessa casa que vivi muitas de minhas melhores lembranças, cresci, aprendi, conheci: sentimentos, pessoas e principalmente a mim. E é por isso que decidi trazer essa obra nesse dia, em que completo mais uma volta ao Sol.
Se eu pudesse voltar atrás e visitar minha Bia do passado, que brincava nesse mesmo quintal, gostaria de dizer algumas palavrinhas, de uma Bia um pouco mais velha, que viveu um pouco mais e que hoje está toda reflexiva:
“Biazinha, sou eu do futuro, e vim te contar um segredo: sabe as respostas que você achou que um dia teria? Eu ainda não tenho, mas aprendi a conviver com isso. Aprendi que não teremos todas as respostas, e muito menos o controle de tudo. E que está tudo bem, a gente aprende a viver nessa aventura chamada vida. E ela é surpreendente viu?
Sabe…Alguns momentos duram muito, e outros passam num piscar de olhos, e o maior presente é a gente saber vivê-los intensamente.
Não tenha medo de dizer o que sente, e saiba que em alguns momentos, nenhuma palavra é necessária, basta um olhar, um abraço e tudo vai fazer sentido.
Por último, aqui fica meu muito obrigada a você, que me fez chegar até aqui. Que faz parte de quem eu sou, e de quem eu quero ser. Eu espero ser a Bia adulta que você se orgulharia”
E é assim, com os olhos marejados, o coração repleto de gratidão que desejo boas vindas a esse novo ciclo. Não tenho as respostas, não tenho o controle, mas tenho aqui dentro muita vontade de viver, intensamente.
E é isso que faz tudo valer…
Sejam bem vindos 23! ❤️
O vídeo se chama “(P)Arte”
Projeto especial desenvolvido com Alexandre Barranco
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